Eu sou uma pessoa naturalmente agitada. Eu não me dou bem com o tédio, gosto de fazer e de ver as coisas acontecendo. E há momentos em que eu fico ainda mais agitada, quase uma criança hiperativa. Nessas horas, qualquer pessoa que não esteja também ligada nos 220V me faz perder a paciência - e, para não ser injusta com quem não tem culpa de nada, eu tento me acalmar e voltar ao normal.
Há alguns anos, eu descobri alguém que parece viver na mesma frequência que eu. Na época, eu estava terminando a faculdade, de onde pesquisava as letras das músicas que não entendia, e Francesca Battistelli só tinha um álbum lançado, nós duas na primeira metade dos vinte anos. Hoje, eu tenho 30, uma pós, dois idiomas e um trabalho com muito mais responsabilidades que há 7 anos. Ela, aos 31, é casada, tem três filhos e três CDs. Embora nossas realidades tenham divergido bastante, eu ainda me sinto como se tivesse em suas músicas uma amiga que me entende - especialmente quando as amigas de verdade não podem estar comigo o tempo todo.
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As coisas nem sempre são o que parecem. Você só está vendo parte de mim. Há mais do que você poderia conhecer, nos bastidores. |
Passei por uma situação dessas há alguns dias. Fiquei ansiosa por algo que eu queria muito - que, infelizmente, acabei não conseguindo - e não queria ouvir outra coisa, porque tudo me deixava irritada. Keeping me guessing, que é o toque do meu celular (raramente ouvido, já que sempre deixo no silencioso) e Something more continuam sendo as orações de uma control freak. So long é a que me acalma e me deixa mais leve. Choose to love é o que eu preciso aprender. Free to be me pode não ser mais o nome do meu blog ou a letra que me descreve, mas continua sendo parte da minha história quando eu preciso me lembrar de quem eu sou e quem quero ser. E Behind the scenes traz uma mensagem de não julgamento que eu quero gritar para o mundo. Cada música, uma história. Cada música, uma amiga que, agora, compartilho com vocês.
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